quinta-feira, 29 de novembro de 2012

BEM VINDO AO CAMPO DAS POSSIBILIDADES INFINITAS

Existem coisas que são particularmente estranhas. Não é um tanto bizarro pensar que existam 3 campos supostamente sabidos, mas que experimentamos apenas um? Existem o macro, aquele que conhecemos e o micro. Sim, essa santíssima trindade. 
Os nossos sentidos são incapazes de vislumbrar por si só os universos macro e micro. Conhecemos a realidade pela forma como ela se apresenta aos nossos olhos, tato, paladar e ouvidos. Mas, de repente, vem a Ciências e nos diz: "existe a energia escura".
E a teoria das cordas? Que viagem. Adoro essas viagens. A criatividade humana e a sua forma infinita de conceber a vida é fascinante! Parece tão absurdo e tão... possível. Seria a ideia do eterno retorno em termos quânticos?

Imagine só. Existe o tempo que é infinito. E existe a matéria que é finita. Logo, existe um tempo infindável para que todas as possibilidades de combinação possíveis entre átomos sejam realizadas e repetidas, inifinitamente. É como se a 'profecia' de Nietzsche fosse concretizada:
"E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse:
'Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio.
A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez, e tu com ela, poeirinha da poeira!'.
Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderías: 'Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!'" (A Gaia Ciência)
É particularmente fascinante imaginar esta vida que cá tenho agora e das escolhas que fiz que me fizeram chegar onde estou nesse exato momento. Com as suas alegrias e as suas tristezas. Essa é apenas uma dentre tantas possibilidades se manifestando pelo infinito. E que se repetirá, inifnitas vezes, tal como ela é.
Mas, isso faz pensar que também exista em alguma outra dimensão - ou tempo - um outro eu vivendo as outras escolhas que não fiz aqui nesse universo consciente. Talvez esse outro eu tenha uma filha, sei lá, chamada Dalila. Talvez eu esteja nesse exato momento caminhando em volta de um lago pensando em coisas práticas do dia a dia com um sorriso distraido nos lábios. Talvez eu esteja vivendo em uma outra cidade ou país. Uma outra história, sem dúvida. Que também se repetirá pelo eterno retorno.
Quantas vidas é possível viver com uma mesma composição corpórea? Quantas vidas diferentes podemos imaginar para nós mesmos com apenas UMA escolha simples e completamente diferente das que fizemos até agora? É quase como pensar no efeito borboleta, o do filme. 

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